A Serasa Experian criou alvoroço no mercado brasileiro de Contabilidade ao firmar um acordo com a “Contabilizei”, empresa de baixo custo de contabilidade online, fundada em 2014, para atender micro e pequenas empresas. A Contabilizei fornece, dentre outros, sistemas gratuitos de emissão de NF-e, que necessitam de certificado digital obrigatoriamente e é aí que entra a Serasa fornecendo os seus certificados digitais aos mais de 5.000 clientes da Contabilizei.
Esse acordo trouxe grande desconforto aos profissionais de Contabilidade já que a mesma está sugerindo a troca de clientes para uma “contabilidade mais barata, mais moderna, online, etc”. Segundo alguns Contabilistas, “a Serasa, que se dizia “parceira dos contadores”, atualizou o cadastro dos clientes desses contadores e passou a enviar e-mail sugerindo a troca pelo “Contabilizei”. Já existe um grupo entrando com ação judicial em conjunto em face da Serasa.
O Sindicato dos Contabilistas de Curitiba e Região (SICONTIBA), fundado em 1923, já apresentou “Nota de Repúdio contra a Serasa Empreendedor”, datada de 27 de julho de 2018, assinada por seu presidente, Sr. Hugo Catossi, em relação à divulgação em sua página virtual e correio eletrônico tendo como assunto “Sua Contabilidade por um preço justo. Confira”.
Também fomos informados que Conselhos Regionais de Contabilidade – CRCs estarão tomando providências em defesa da transparência dessas ações bem como prejuízos e/ou danos que isso possa trazer à imagem do setor.
O ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal, Dr. Adriano Marrocos, professor universitário e cidadão formador de opinião, incluiu uma matéria a respeito do You Tube, no último dia 1º de agosto, onde traz maiores esclarecimentos e cita, inclusive, eventual informação do fato ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE. Veja no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=gs4SO-9c0lc.
O diretor da Mult Tecnologia se posicionou: “É incrível como o interesse por ganhar ‘share de mercado’ a qualquer custo traga ações desse tipo. Já tivemos uma péssima experiência com essa empresa em função da tentativa de criação de ‘anomalias comerciais’ do tipo. É claro que foi uma ação intencional, que sai atropelando à tudo e à todos, pautada na falta de ética e respeito aos profissionais, e que traz transtornos e prejuízos ao setor da Contabilidade e ‘arranha’ a imagem do setor da Certificação Digital. Espero que o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI venha a tomar alguma atitude que possa coibir práticas deste tipo no futuro.”